Por que João não descreveu o batismo de Jesus?
O aparecimento de João Batista, batizando no Rio Jordão, atraiu multidões. Como resultado da sua pregação e testemunha de vida, formou-se a seita dos discípulos de João Batista, a qual se expandiu rapidamente. Então, para não contribuir com o seu crescimento, o evangelista João evitou narrar a cena do batismo de Jesus.
Como era o Apóstolo Paulo?
Segundo um livro apócrifo, do século II, intitulado Atos de Paulo e Tecla, Paulo “era um homem de baixa estatura, calvo, pernas arqueadas, corpo vigoroso, sobrancelhas unidas, nariz um tanto proeminente, cheio de amabilidades; de fato, às vezes, tinha o aspecto de homem, às vezes, o de anjo.
Os hicsos
No período de 1700 a 1500, a.C., reinaram no egito os príncipes hicsos, de origem semita. Foram eles que acolheram José, filho de Jacó e Raquel, o qual foi vendido, como escravo, pelos seus irmãos. Os hicsos o promoveram ao cargo de primeiro ministro do Reino. Tornou-se conhecido como José do Egito.
Quantas são, autenticamente, as cartas paulinas?
Das 13 Cartas Paulinas, 7 são autênticas: Romanos, 1ª e 2ª Coríntios, Gálatas, Filipenses, 1ª Tessalonicenses e Filemon. As outras 6 são deuteropaulinas, isto é, atribuídas a São Paulo: Efésios, Colossenses, 2ª Tessalonicense, 1ª e 2ª a Timóteo e carta a Tito.
Quem era Febe?
São Paulo se refere a esta pessoa como “nossa irmã, diaconisa da Igreja de Cencréia” (Rom 16,1). Foi quem levou a Carta aos Romanos, que este apóstolo escreveu quando estava em Corinto. Ele recomenda que os cristãos de Roma a recebam com toda hospitalidade.
Em Roma, onde morava Paulo?
Quando Paulo chegou prisioneiro em Roma, teve o privilégio de “morar em casa particular, junto com o soldado que o vigiava” (Atos, 28,16). Na opinião do exegeta Rinaldo Fabris, a casa de Paulo se localizava “nas proximidades dos bairros habitados pelos judeus, na zona popular da “Suburra” ou na zona do Velabro”.
Paulo esteve na Espanha?
Depois que Paulo foi libertado da sua prisão, em Roma, é muito provável que ele tenha ido à Espanha, considerada como “os confins do Ocidente”. Vários escritores da Patrística, Clemente Romano, o Fragmento de Muratori, do ano 180, os Atos Apócrifos de Pedro e de Paulo confirmam que esta viagem foi realizada entre os meados de 63 e 64.
De que vivia Paulo?
No cristianismo nascente, não havia ainda dízimo, nem espórtula de sacramentos. Contrariando a cultura grega, que reservava o trabalho manual para os escravos, Paulo sobreviveu fabricando tendas, arte que ele aprendeu com seu pai. Na cultura judaica, na qual ele foi educado, não havia preconceito contra o trabalho manual. Até os ricos exerciam estas atividades.
Sofrimento de Paulo
Nos 30 anos de ação missionária, São Paulo enfrentou muitos obstáculos. Na 2ª Carta aos Coríntios, ele sintetiza o sofrimento: “muitas vezes, vi-me em perigo de morte. Dos judeus, recebi cinco vezes os 40 golpes, menos um. Três vezes fui flagelado; uma vez, apedrejado; três vezes, naufraguei. Passei um dia e uma noite em alto mar. Sofri perigo dos ladrões, dos meus irmãos de estirpe, dos gentios...”(cf. 2Cor 11,24-27).
A fidelidade de Paulo
Apesar das adversida-des da missão, Paulo perma-nece fiel ao chamado de Jesus. Na Carta aos Roma-nos, mostra a solidez da sua fé: “quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigos espada?(...). Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes, nem a altura, nem a profundeza, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
Quem eram os pais de Paulo?
As melhores fontes históricas sobre o Apóstolo Paulo são o livro Atos dos Apóstolos e as suas cartas. Em nenhuma destas fontes, encontramos uma referência sobre os seus genitores. Em Atos 22,3 ele identificou-se como judeu, nascido em Tarso, da Cilícia, educado em Jerusalém pelo rabino Gamaliel, no estrito cumprimento da observância da lei mosaica. Portanto, esta indagação fica sem resposta.
Quem inventou os dias da semana, em português?
A nomenclatura (segunda-feira, terça-feira....), na língua portuguesa, substituiu os nomes latinos pagãos que se referiam aos astros: lunae dies, martis dies, mercurii dies, jovis dies, veneris dies, saturni dies e solis dies. Quem fez esta substituição foi São Martino de Dume, bispo de Praga (Portugal), por volta do ano 560, da nossa era cristã.
Como surgiu a lenda do Santo Graal?
Diz a tradição lendária que José de Arimatéia, o amigo de Jesus que O sepultou num túmulo novo, guardou o cálice que Jesus usou na última ceia. A expressão “Santo Graal” designa este cálice. Ele teria sido levado para a Inglaterra no ano 64 d.C. e guardado numa capela, situada num bosque. Chrétien de Troyes, através do livro Le conte du Graal, publicado em 1190, iniciou a popularidade desta lenda.
Como surgiu a festa de Corpus Christi?
Em Liége, na Bélgica, a Freira Juliana de Retine teve uma visão, na qual via uma lua, toda radiante, exceto uma parte, que ficava obscura. Na sua opinião, aquela parte obscura significa a ausência, na Igreja Católica, de uma festa em honra do Santíssimo Sacramento. Indo ao encontro desta visão, o Papa Urbano IV instituiu a festa de Corpus Christi, em 1264.
O que significa “rasgar as vestes”?
Na linguagem bíblica do antigo e do novo Testamento, rasgar as vestes tem vários significados. Era sinal de luto (Gn 37, 24); de tristeza (2 Sam 13, 19); de blasfêmia (At 14, 14; 22,23; Mt 26,65) e de arrependimento (1Rs 21, 27).
Sacos e cinzas
De acordo com os costumes dos judaicos, usar roupas de sacos e colocar cinzas na cabeça ou no corpo era sinal de luto ou de arrependimento (1Sam 3,31; 2Rs 19,1; Is 20,2). Quando alguém usava roupa de saco, costumava também cobrir o rosto com cinzas (2Sam 13,19).
Mulheres que auxiliaram São Paulo
Além de contar com a colaboração dos discípulos Barnabé, Timóteo e Lucas, o Apóstolo Paulo contou com a ajuda de várias mulheres, na sua missão: Loide, Eunice, Lídia, Ninfa, Maria, Trifena, Pérside, Trifona, Febe, Prisca, Evódia, Sínteque e algumas outras. Isto mostra a participação do elemento feminino na formação da Igreja Primitiva.
A Bíblia de Gutemberg
A invenção da impressão com tipos móveis, obra do alemão Johann Gutemberg (1400-1468), revolucionou a publicação de livros no século XV. Além de outros trabalhos impressos anteriormente, Gutemberg imprimiu, em 1454, uma Bíblia, utilizando-se de uma tradução revisada da Vulgata de São Jerônimo. A Bíblia de Gutemberg foi publicada em dois volumes, com 1282 páginas. Cada página tinha duas colunas e 42 linhas. Por isso é chamada de “a Bíblia de 42 linhas”.
A maior Bíblia do mundo
Quem produziu a maior Bíblia do mundo foi um marceneiro de Los Angeles (Estados Unidos), após dois anos de trabalho permanente. Ela contém 8.048 páginas, mede 2,5 metros de espessura e pesa meia tonelada. Cada página é feita de uma tábua fina, com um metro de altura, onde foram gravados os textos bíblicos.
O maior e menor versículo da Bíblia
O maior versículo da Bíblia se encontra no livro de Ester, no capítulo 8, versículo 9: “Imediatamente foram convocados os escribas reais - era o terceiro mês, que é Sivã, vigésimo terceiro dia, - e, sob a ordem de Mardoqueu, eles escreveram aos juveus, aos sátrapas (...) a cada povo segundo a sua língua e aos juveus sua escrita e sua língua”. E o menor está em Ex 20, 13: “Não matarás”.
A septuaginta
Este é o nome que se dá à primeira e a mais antiga tradução da Bíblia do hebraico para o grego. Com o objetivo de possuir uma cópia dos livros sagrados dos judeus na biblioteca de Alexandria, no século III a.C., o rei Ptolomeu II trouxe de Jerusalém 72 sábios, que traduziram a Torá. No século II, outros judeus traduziram os demais livros bíblicos. Assim nasceu a Bíblia Septuaginta.
Vulgata após Trento
Após o Concílio de Trento (1545-63), os Papas criaram várias Comissões de exegetas para aperfeiçoarem o texto da Vulgata. Assim, a primeira foi nomeada por Pio IV, em 1561. Oito anos depois, Pio V criou a segunda, cujo trabalho foi infrutífero. Em 1586, Sisto V nomeou a terceira, da qual resultou a Bíblia Sistina. A quarta foi nomeada por Clemente VIII, em 1592, da qual nasceu a Vulgata Sixto-Clementina. Em 1933, Pio XI promoveu a última revisão da Vulgata de São Jerônimo.
A Peshita
Entre as diversas traduções da Bíblia feitas no Oriente, a mais famosa é a versão siríaca (da Síria) do Antigo Testamento, feita diretamente do hebraico. Desde o séc. X, que esta Bíblia se chama Peshita, isto é, versão popular. Ela foi realizada no séc. II d.C. Atualmente, a Peshita é a Bíblia oficial das Igrejas Ortodoxas Síria e Maronita, assim como das Igrejas do Oriente.
Modernas Bíblias Poliglotas
Com a invenção da imprensa, em 1454, católicos e protestantes resolveram publicar Bíblias Poliglotas, isto é, além do texto original, elas contém o mesmo texto em outras línguas, escrito em colunas paralelas. O pioneiro desta iniciativa foi o Cardeal Francisco Ximenez Cisneros, arcebipos de Toledo e Primaz da Espanha que, entre 1514 e 17, publicou a Poliglota Complutense.
A Bíblia Poliglota Complutense
O Cardeal Ximenez (1436-1517), da Espanha, fundou em Alcalá uma Universidade e reuniu ali um grupo de filósofos para fazer uma Bíblia Poliglota. Ela foi organizada em três colunas (uma para hebraico, outra para o grego e outra para o latim). Foi publicada em seis volumes, entre 1514 e 1517. Pelo fato de Alcalá, em latim, se chamar complutum, a Bíblia ficou conhecidfa como a Poliglota Complutense.
A Trindade
Esta palavra, que se refere à existência de um só Deus em três pessoas, não existe na Bíblia. Existem, sim, todos os elementos doutrinais pertinentes a este mistério da religião cristã. Quem inventou o termo Trindade foi Tertuliano (160-225). No livro Contra Práxeas, ele emprega o termo Trindade cerca de 15 vezes.
Tipos de fariseus
Entre os grupos religiosos judaicos que se opuseram a Jesus, destacaram-se os fariseus. Segundo o Talmude, havia sete tipos de fariseus: o que tirava proveito de tudo, o que fazia a sua parte, o que andava de cabeça baixa para não ver mulheres, o que andava curvado, o cumpridor dos seus deveres, o que fazia boas obras diariamente, e aquele que temia a Deus e tinha amor por Ele.
Votos dos Nazireus
Nazireu é uma palavra hebraica, que significa segregado, consagrado. O nazireato, isto é, a institucionalização do voto do nazireu se encontra no livro de Números 6, 1-21. Consiste numa promessa, num voto feito a Deus por um determinado tempo (não menos de 30 dias). Durante este tempo, o nazireu prometia: abster-se de vinho e de qualquer bebida forte; de suco de uva; de não cortar o cabelo e de não se aproximar de qualquer cadáver.
Quando surgiram as sinagogas
Dizem os biblistas que é difícil determinar exatamente o tempo da sua origem. Verdade é que, após a destruição do Templo de Jerusalém, em 587 a.C., as sinagogas proliferaram no exílio. Segundo Daniel-Rops, “existem papiros que provam a existência de sinagogas no Egito, no terceiro século a.C.”. A sinagoga é o lugar onde os judeus se reúnem para orar e ler a Sagrada Escritura.
Como era administrada uma Sinagoga?
Um Conselho de 10 anciãos escolhia um homem para ser o administrador da Sinagoga, o qual era um líder. Este e o Conselho admitiam os prosélitos, administravam as finanças etc. Havia o Hazzan, isto é, uma espécie de secretário executivo que fazia tudo. Além destes, havia funcionários de nível inferior, tais como professores, coletores de esmolas, pregoeiros etc.
O que era o Santo dos Santos
Era a parte mais sagrada do Templo de Jerusalém (1Rs 6,16). Do ponto de vista arquitetônico, era de forma cúbica, onde se guardavam os objetos mais sagrados da religião judaica: o altar de ouro, a arca da aliança (dentro dela, a urna de ouro, contendo o maná, a vara de Aarão e as Tábuas da Aliança e os querubins de ouro, cf. heb 9, 3-5). Só quem penetrava no Santo dos Santos era o Sumo Sacerdote, apenas uma vez por ano, no Dia da Expiação.
Oração dos judeus
No tempo de Jesus (séc. I), todos os judeus adultos (exceto as mulheres), a partir dos 13 anos, eram obrigados a rezar algumas vezes por dia. Assim, de manhã e à noite, eles rezavam o Shema Israel (ouve, Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor ( Deut 6, 4-7). A outra oração, que era recitada três vezes por dia, chamava-se Shemoneh Esreh. Era a oração das 18 bênçãos, cujo texto reflete situações políticas e econômicas da sua composição.
O profeta que andou nu e descalço
Em obediência às ordens de Javé, o Profeta Isaias, cuja atividade profética se desenvolveu entre os anos 740 e 701, andou nu (sem manto de pelos, característico dos verdadeiros profetas (2Rs 1,8) e descalço durante três anos. Esta sua postura simbolizava a nudez, a miserabilidade que os cativos do Egito e da Etiópia iam sofrer durante o exílio imposto pelos assírios.
Composição do Sinédrio
Na teocracia de Israel, o Sinédrio, entre outras funções, desempenhava o papel de suprema corte. Sua origem remonta aos tempos de Moisés (Núm 11, 16). Compunha-se de 71 membros, presidido por um rabino ou um sumo sacerdote (não se sabe ao certo), chamado Nassi. Compunha-se, em partes iguais, dos príncipes dos sacerdotes, dos escribas e dos Doutores da Lei; dos anciãos do povo; fariseus e saduceus.
Bethara?
Os autores dos Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) afirmam que Jesus foi batizado por João Batista, no rio Jordão. Ora, este rio, que é o maior da Palestina, tem 100 km de comprimento, em linha reta, desde o Lago de Tiberíades, onde nasce, até chegar ao Mar Morto. Então, em que local deste rio Jesus Jesus foi batizado? Segundo o evangelista João (1,28), foi em Bethara que, segundo os arqueólogos, ficava a uns 10 km do Mar Morte.
Por que Jesus iniciou o ministério na Galiléia?
Os evangelhos sinóticos são unânimes em afirmar que Jesus iniciou o ministério na Galiléia. Por que Ele escolheu esta região, e não Jerusalém, que era o centro do poder religioso de Israel? A decisão de Jesus não obedeceu a razões políticas nem sociológicas. Ele escolheu a Galiléia para que se cumprisse uma profecia de Isaias (8,23;9,1), citada pelo por Mateus (4,12-16).
Vários títulos para designar Jesus
O principal objetivo do Evangelho de São Marcos é mostrar a divindade de Jesus. Por isso, este evangelista empregou nove títulos para designar Jesus Cristo, assim especificados: Jesus, 81 vezes; Cristo, 7 vezes; Filho de Davi, 2; Filho de Maria, 01; Senhor, 01; Rabi, 3; Mestre, 11; Filho do Homem, 14; e Filho de Deus, 5 vezes.
A novidade do Batismo de João Batista
Diferentemente dos rituais judaicos de purificação, o batismo de arrependimento ministrado por João Batista tinha as seguintes características próprias: 1) Era ministrado somente aos judeus; 2) Alguém fazia a imersão do batizando (não se tratava de auto-imersão); 3) A imersão era feita uma única vez; 4) Exigia a conversão pessoal do batizando.
Qual o simbolismo do deserto na Bíblia?
Segundo o biblista Marc Girard, o significado do deserto na Bíblia é ambivalente. Do ponto de vista positivo, pode significar lugar de refúgio (Sl 55, 8-9; 1 Rs 19, 3-4; Ap 12, 6); preparação para uma missão (Mt 4, 1) e lugar privilegiado de contato com Deus (Os 2, 16). Do ponto de vista negativo, o deserto é lugar de provação, tal como foi a caminhada do povo de Israel no deserto do Sinai (Deut 8, 2-5).
Onde morava João Batista?
Os evangelistas dizem que João Batista morava no deserto. Afirmação genérica! Graças às descobertas do arqueólogo Shimon Gibson, realizadas em 2000 e 2002, sabemos, hoje, que o profeta João Batista morava na Gruta de Suba, que está localizada a oeste da aldeia de Ain Karim, onde morava a sua mãe, Isabel.
Em qual deserto Jesus foi tentado?
Logo após o seu batismo, no Rio Jordão, o Espírito Santo levou Jesus para o deserto, onde passou 40 dias em jejum e foi tentado por Satanás (Mc l,12). Qual foi este deserto? Uma tradição o localiza em Djebel - Qarantal, que fica a 4 km a noroeste de Jericó do tempo de Jesus. Este local chama-se, também, de Monte da Quarentena.
A inauguração da Igreja Católica
Segundo o Papa Bento XVI, existem três momentos fundadores da Igreja Católica: o primeiro foi na encarnação de Jesus no seio da Virgem Maria; o segundo foi a Morte e Ressurreição de Jesus; e o terceiro foi a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos reunidos no cenáculo, em Jerusalém. Este último momento foi a inauguração da Igreja Católica.
Por que doze Apóstolos?
Quando Jesus estava organizando a Igreja Católica, escolheu doze Apóstolos. Por que doze e não dez ou quinze? Ora bem, o número doze tem uma longa tradição na Bíblia. Nela há 189 referências ao número doze. Segundo o pesquisador Dan Duke, o número doze “simboliza a ordem divina, governo e perfeição governamental”.
A caminhada de um sábado
No zelo exagerado que os fariseus tinham para santificar o sábado, eles estabeleceram 39 proibições, tais como: carregar peso, cozinhar, bater palmas, desfazer um nó, saltar, acender o fogo etc. Era proibido, também, fazer longos passeios. Era permitido caminhar somente 1.250 metros. Este percurso era chamado “caminhada de um sábado”(At. 1,12).
Quem eram os pecadores?
No banquete que Mateus ofereceu a Jesus para se despedir dos seus colegas de trabalho (Mc 1, 15-17), estavam presentes os pecadores. Quem eram estes personagens? Segundo alguns biblistas, os pecadores eram pessoas que realizavam trabalhos que podiam ensejar desonestidade: pastores, curtidores de pele, tropeiros, coletores de impostos, assim como os que realizavam trabalhos equivalentes aos dos escravos.
O que nos ensinam as parábolas
Segundo o biblista Joachim Jeremias, as parábolas de Jesus nos transmitem as seguintes ideias: a presença da salvação, a misericórdia de Deus para com os pecadores, a confiança na providência divina, convite à conversão, viver como disccípulo de Cristo, o sofrimento como revelação da glória de Cristo e, no final, seremos todos julgados, os vivos e os mortos.
Como classificar as parábolas de Jesus?
Pelo seu conteúdo, podemos classificar as parábolas de Jesus em dois grandes grupos: as doutrinárias e as moralizantes. Como exemplo das doutrinárias, podemos citar a do semeador, a da semente, a da pérola preciosa e a do joio. Como moralizantes, temos a do fariseu e publicano, a do juiz injusto, a do bom samaritano, a do filho pródigo e a do pobre Lázaro e o rico Epulão.
O Doutor Evangélico
Ao conferir, em 1946, a Santo Antônio de Pádua (1195 -1231) o honroso título de Doutor Universal da Igreja, o Papa Pio XII chamou-o de “Doutor Evangélico”. Apesar de ser mais conhecido como “casamenteiro”, ele notabilizou-se como grande conhecedor da Bíblia. Por isso, o Papa Gregório IX chamou-o de “Arca do Testamento”, em 1227.
Os Padres do deserto e a Bíblia
Numerosos cristãos denominados com esta expressão - Padres do Deserto - se retiraram da sociedade e foram morar nos desertos do Egito, da Síria e da Palestina, entre os séculos III e IV. Para eles, “a Bíblia era a voz de sua oração”. Enquato eles trabalhavam, fazendo cordas ou cestos para vender no mercado, decoravam livros inteiros da Bíblia.
Salmos da Subida
Folheando a Bíblia, encontramos uma coleção de pequenos salmos, do 120 ao 134, que trazem, abaixo do título, esta expressão: “Salmo da Subida”. A tradição hebraica ensina que estes 15 salmos eram cantados pelos judeus piedosos quando iam a Jerusalém para as festas anuais. São chamados “da subida”, porque a antiga Jerusalém ficava a 700 ou 800 metros acima do nível do mar.
O aparecimento de João Batista, batizando no Rio Jordão, atraiu multidões. Como resultado da sua pregação e testemunha de vida, formou-se a seita dos discípulos de João Batista, a qual se expandiu rapidamente. Então, para não contribuir com o seu crescimento, o evangelista João evitou narrar a cena do batismo de Jesus.
Como era o Apóstolo Paulo?
Segundo um livro apócrifo, do século II, intitulado Atos de Paulo e Tecla, Paulo “era um homem de baixa estatura, calvo, pernas arqueadas, corpo vigoroso, sobrancelhas unidas, nariz um tanto proeminente, cheio de amabilidades; de fato, às vezes, tinha o aspecto de homem, às vezes, o de anjo.
Os hicsos
No período de 1700 a 1500, a.C., reinaram no egito os príncipes hicsos, de origem semita. Foram eles que acolheram José, filho de Jacó e Raquel, o qual foi vendido, como escravo, pelos seus irmãos. Os hicsos o promoveram ao cargo de primeiro ministro do Reino. Tornou-se conhecido como José do Egito.
Quantas são, autenticamente, as cartas paulinas?
Das 13 Cartas Paulinas, 7 são autênticas: Romanos, 1ª e 2ª Coríntios, Gálatas, Filipenses, 1ª Tessalonicenses e Filemon. As outras 6 são deuteropaulinas, isto é, atribuídas a São Paulo: Efésios, Colossenses, 2ª Tessalonicense, 1ª e 2ª a Timóteo e carta a Tito.
Quem era Febe?
São Paulo se refere a esta pessoa como “nossa irmã, diaconisa da Igreja de Cencréia” (Rom 16,1). Foi quem levou a Carta aos Romanos, que este apóstolo escreveu quando estava em Corinto. Ele recomenda que os cristãos de Roma a recebam com toda hospitalidade.
Em Roma, onde morava Paulo?
Quando Paulo chegou prisioneiro em Roma, teve o privilégio de “morar em casa particular, junto com o soldado que o vigiava” (Atos, 28,16). Na opinião do exegeta Rinaldo Fabris, a casa de Paulo se localizava “nas proximidades dos bairros habitados pelos judeus, na zona popular da “Suburra” ou na zona do Velabro”.
Paulo esteve na Espanha?
Depois que Paulo foi libertado da sua prisão, em Roma, é muito provável que ele tenha ido à Espanha, considerada como “os confins do Ocidente”. Vários escritores da Patrística, Clemente Romano, o Fragmento de Muratori, do ano 180, os Atos Apócrifos de Pedro e de Paulo confirmam que esta viagem foi realizada entre os meados de 63 e 64.
De que vivia Paulo?
No cristianismo nascente, não havia ainda dízimo, nem espórtula de sacramentos. Contrariando a cultura grega, que reservava o trabalho manual para os escravos, Paulo sobreviveu fabricando tendas, arte que ele aprendeu com seu pai. Na cultura judaica, na qual ele foi educado, não havia preconceito contra o trabalho manual. Até os ricos exerciam estas atividades.
Sofrimento de Paulo
Nos 30 anos de ação missionária, São Paulo enfrentou muitos obstáculos. Na 2ª Carta aos Coríntios, ele sintetiza o sofrimento: “muitas vezes, vi-me em perigo de morte. Dos judeus, recebi cinco vezes os 40 golpes, menos um. Três vezes fui flagelado; uma vez, apedrejado; três vezes, naufraguei. Passei um dia e uma noite em alto mar. Sofri perigo dos ladrões, dos meus irmãos de estirpe, dos gentios...”(cf. 2Cor 11,24-27).
A fidelidade de Paulo
Apesar das adversida-des da missão, Paulo perma-nece fiel ao chamado de Jesus. Na Carta aos Roma-nos, mostra a solidez da sua fé: “quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigos espada?(...). Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes, nem a altura, nem a profundeza, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
Quem eram os pais de Paulo?
As melhores fontes históricas sobre o Apóstolo Paulo são o livro Atos dos Apóstolos e as suas cartas. Em nenhuma destas fontes, encontramos uma referência sobre os seus genitores. Em Atos 22,3 ele identificou-se como judeu, nascido em Tarso, da Cilícia, educado em Jerusalém pelo rabino Gamaliel, no estrito cumprimento da observância da lei mosaica. Portanto, esta indagação fica sem resposta.
Quem inventou os dias da semana, em português?
A nomenclatura (segunda-feira, terça-feira....), na língua portuguesa, substituiu os nomes latinos pagãos que se referiam aos astros: lunae dies, martis dies, mercurii dies, jovis dies, veneris dies, saturni dies e solis dies. Quem fez esta substituição foi São Martino de Dume, bispo de Praga (Portugal), por volta do ano 560, da nossa era cristã.
Como surgiu a lenda do Santo Graal?
Diz a tradição lendária que José de Arimatéia, o amigo de Jesus que O sepultou num túmulo novo, guardou o cálice que Jesus usou na última ceia. A expressão “Santo Graal” designa este cálice. Ele teria sido levado para a Inglaterra no ano 64 d.C. e guardado numa capela, situada num bosque. Chrétien de Troyes, através do livro Le conte du Graal, publicado em 1190, iniciou a popularidade desta lenda.
Como surgiu a festa de Corpus Christi?
Em Liége, na Bélgica, a Freira Juliana de Retine teve uma visão, na qual via uma lua, toda radiante, exceto uma parte, que ficava obscura. Na sua opinião, aquela parte obscura significa a ausência, na Igreja Católica, de uma festa em honra do Santíssimo Sacramento. Indo ao encontro desta visão, o Papa Urbano IV instituiu a festa de Corpus Christi, em 1264.
O que significa “rasgar as vestes”?
Na linguagem bíblica do antigo e do novo Testamento, rasgar as vestes tem vários significados. Era sinal de luto (Gn 37, 24); de tristeza (2 Sam 13, 19); de blasfêmia (At 14, 14; 22,23; Mt 26,65) e de arrependimento (1Rs 21, 27).
Sacos e cinzas
De acordo com os costumes dos judaicos, usar roupas de sacos e colocar cinzas na cabeça ou no corpo era sinal de luto ou de arrependimento (1Sam 3,31; 2Rs 19,1; Is 20,2). Quando alguém usava roupa de saco, costumava também cobrir o rosto com cinzas (2Sam 13,19).
Mulheres que auxiliaram São Paulo
Além de contar com a colaboração dos discípulos Barnabé, Timóteo e Lucas, o Apóstolo Paulo contou com a ajuda de várias mulheres, na sua missão: Loide, Eunice, Lídia, Ninfa, Maria, Trifena, Pérside, Trifona, Febe, Prisca, Evódia, Sínteque e algumas outras. Isto mostra a participação do elemento feminino na formação da Igreja Primitiva.
A Bíblia de Gutemberg
A invenção da impressão com tipos móveis, obra do alemão Johann Gutemberg (1400-1468), revolucionou a publicação de livros no século XV. Além de outros trabalhos impressos anteriormente, Gutemberg imprimiu, em 1454, uma Bíblia, utilizando-se de uma tradução revisada da Vulgata de São Jerônimo. A Bíblia de Gutemberg foi publicada em dois volumes, com 1282 páginas. Cada página tinha duas colunas e 42 linhas. Por isso é chamada de “a Bíblia de 42 linhas”.
A maior Bíblia do mundo
Quem produziu a maior Bíblia do mundo foi um marceneiro de Los Angeles (Estados Unidos), após dois anos de trabalho permanente. Ela contém 8.048 páginas, mede 2,5 metros de espessura e pesa meia tonelada. Cada página é feita de uma tábua fina, com um metro de altura, onde foram gravados os textos bíblicos.
O maior e menor versículo da Bíblia
O maior versículo da Bíblia se encontra no livro de Ester, no capítulo 8, versículo 9: “Imediatamente foram convocados os escribas reais - era o terceiro mês, que é Sivã, vigésimo terceiro dia, - e, sob a ordem de Mardoqueu, eles escreveram aos juveus, aos sátrapas (...) a cada povo segundo a sua língua e aos juveus sua escrita e sua língua”. E o menor está em Ex 20, 13: “Não matarás”.
A septuaginta
Este é o nome que se dá à primeira e a mais antiga tradução da Bíblia do hebraico para o grego. Com o objetivo de possuir uma cópia dos livros sagrados dos judeus na biblioteca de Alexandria, no século III a.C., o rei Ptolomeu II trouxe de Jerusalém 72 sábios, que traduziram a Torá. No século II, outros judeus traduziram os demais livros bíblicos. Assim nasceu a Bíblia Septuaginta.
Vulgata após Trento
Após o Concílio de Trento (1545-63), os Papas criaram várias Comissões de exegetas para aperfeiçoarem o texto da Vulgata. Assim, a primeira foi nomeada por Pio IV, em 1561. Oito anos depois, Pio V criou a segunda, cujo trabalho foi infrutífero. Em 1586, Sisto V nomeou a terceira, da qual resultou a Bíblia Sistina. A quarta foi nomeada por Clemente VIII, em 1592, da qual nasceu a Vulgata Sixto-Clementina. Em 1933, Pio XI promoveu a última revisão da Vulgata de São Jerônimo.
A Peshita
Entre as diversas traduções da Bíblia feitas no Oriente, a mais famosa é a versão siríaca (da Síria) do Antigo Testamento, feita diretamente do hebraico. Desde o séc. X, que esta Bíblia se chama Peshita, isto é, versão popular. Ela foi realizada no séc. II d.C. Atualmente, a Peshita é a Bíblia oficial das Igrejas Ortodoxas Síria e Maronita, assim como das Igrejas do Oriente.
Modernas Bíblias Poliglotas
Com a invenção da imprensa, em 1454, católicos e protestantes resolveram publicar Bíblias Poliglotas, isto é, além do texto original, elas contém o mesmo texto em outras línguas, escrito em colunas paralelas. O pioneiro desta iniciativa foi o Cardeal Francisco Ximenez Cisneros, arcebipos de Toledo e Primaz da Espanha que, entre 1514 e 17, publicou a Poliglota Complutense.
A Bíblia Poliglota Complutense
O Cardeal Ximenez (1436-1517), da Espanha, fundou em Alcalá uma Universidade e reuniu ali um grupo de filósofos para fazer uma Bíblia Poliglota. Ela foi organizada em três colunas (uma para hebraico, outra para o grego e outra para o latim). Foi publicada em seis volumes, entre 1514 e 1517. Pelo fato de Alcalá, em latim, se chamar complutum, a Bíblia ficou conhecidfa como a Poliglota Complutense.
A Trindade
Esta palavra, que se refere à existência de um só Deus em três pessoas, não existe na Bíblia. Existem, sim, todos os elementos doutrinais pertinentes a este mistério da religião cristã. Quem inventou o termo Trindade foi Tertuliano (160-225). No livro Contra Práxeas, ele emprega o termo Trindade cerca de 15 vezes.
Tipos de fariseus
Entre os grupos religiosos judaicos que se opuseram a Jesus, destacaram-se os fariseus. Segundo o Talmude, havia sete tipos de fariseus: o que tirava proveito de tudo, o que fazia a sua parte, o que andava de cabeça baixa para não ver mulheres, o que andava curvado, o cumpridor dos seus deveres, o que fazia boas obras diariamente, e aquele que temia a Deus e tinha amor por Ele.
Votos dos Nazireus
Nazireu é uma palavra hebraica, que significa segregado, consagrado. O nazireato, isto é, a institucionalização do voto do nazireu se encontra no livro de Números 6, 1-21. Consiste numa promessa, num voto feito a Deus por um determinado tempo (não menos de 30 dias). Durante este tempo, o nazireu prometia: abster-se de vinho e de qualquer bebida forte; de suco de uva; de não cortar o cabelo e de não se aproximar de qualquer cadáver.
Quando surgiram as sinagogas
Dizem os biblistas que é difícil determinar exatamente o tempo da sua origem. Verdade é que, após a destruição do Templo de Jerusalém, em 587 a.C., as sinagogas proliferaram no exílio. Segundo Daniel-Rops, “existem papiros que provam a existência de sinagogas no Egito, no terceiro século a.C.”. A sinagoga é o lugar onde os judeus se reúnem para orar e ler a Sagrada Escritura.
Como era administrada uma Sinagoga?
Um Conselho de 10 anciãos escolhia um homem para ser o administrador da Sinagoga, o qual era um líder. Este e o Conselho admitiam os prosélitos, administravam as finanças etc. Havia o Hazzan, isto é, uma espécie de secretário executivo que fazia tudo. Além destes, havia funcionários de nível inferior, tais como professores, coletores de esmolas, pregoeiros etc.
O que era o Santo dos Santos
Era a parte mais sagrada do Templo de Jerusalém (1Rs 6,16). Do ponto de vista arquitetônico, era de forma cúbica, onde se guardavam os objetos mais sagrados da religião judaica: o altar de ouro, a arca da aliança (dentro dela, a urna de ouro, contendo o maná, a vara de Aarão e as Tábuas da Aliança e os querubins de ouro, cf. heb 9, 3-5). Só quem penetrava no Santo dos Santos era o Sumo Sacerdote, apenas uma vez por ano, no Dia da Expiação.
Oração dos judeus
No tempo de Jesus (séc. I), todos os judeus adultos (exceto as mulheres), a partir dos 13 anos, eram obrigados a rezar algumas vezes por dia. Assim, de manhã e à noite, eles rezavam o Shema Israel (ouve, Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor ( Deut 6, 4-7). A outra oração, que era recitada três vezes por dia, chamava-se Shemoneh Esreh. Era a oração das 18 bênçãos, cujo texto reflete situações políticas e econômicas da sua composição.
O profeta que andou nu e descalço
Em obediência às ordens de Javé, o Profeta Isaias, cuja atividade profética se desenvolveu entre os anos 740 e 701, andou nu (sem manto de pelos, característico dos verdadeiros profetas (2Rs 1,8) e descalço durante três anos. Esta sua postura simbolizava a nudez, a miserabilidade que os cativos do Egito e da Etiópia iam sofrer durante o exílio imposto pelos assírios.
Composição do Sinédrio
Na teocracia de Israel, o Sinédrio, entre outras funções, desempenhava o papel de suprema corte. Sua origem remonta aos tempos de Moisés (Núm 11, 16). Compunha-se de 71 membros, presidido por um rabino ou um sumo sacerdote (não se sabe ao certo), chamado Nassi. Compunha-se, em partes iguais, dos príncipes dos sacerdotes, dos escribas e dos Doutores da Lei; dos anciãos do povo; fariseus e saduceus.
Bethara?
Os autores dos Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) afirmam que Jesus foi batizado por João Batista, no rio Jordão. Ora, este rio, que é o maior da Palestina, tem 100 km de comprimento, em linha reta, desde o Lago de Tiberíades, onde nasce, até chegar ao Mar Morto. Então, em que local deste rio Jesus Jesus foi batizado? Segundo o evangelista João (1,28), foi em Bethara que, segundo os arqueólogos, ficava a uns 10 km do Mar Morte.
Por que Jesus iniciou o ministério na Galiléia?
Os evangelhos sinóticos são unânimes em afirmar que Jesus iniciou o ministério na Galiléia. Por que Ele escolheu esta região, e não Jerusalém, que era o centro do poder religioso de Israel? A decisão de Jesus não obedeceu a razões políticas nem sociológicas. Ele escolheu a Galiléia para que se cumprisse uma profecia de Isaias (8,23;9,1), citada pelo por Mateus (4,12-16).
Vários títulos para designar Jesus
O principal objetivo do Evangelho de São Marcos é mostrar a divindade de Jesus. Por isso, este evangelista empregou nove títulos para designar Jesus Cristo, assim especificados: Jesus, 81 vezes; Cristo, 7 vezes; Filho de Davi, 2; Filho de Maria, 01; Senhor, 01; Rabi, 3; Mestre, 11; Filho do Homem, 14; e Filho de Deus, 5 vezes.
A novidade do Batismo de João Batista
Diferentemente dos rituais judaicos de purificação, o batismo de arrependimento ministrado por João Batista tinha as seguintes características próprias: 1) Era ministrado somente aos judeus; 2) Alguém fazia a imersão do batizando (não se tratava de auto-imersão); 3) A imersão era feita uma única vez; 4) Exigia a conversão pessoal do batizando.
Qual o simbolismo do deserto na Bíblia?
Segundo o biblista Marc Girard, o significado do deserto na Bíblia é ambivalente. Do ponto de vista positivo, pode significar lugar de refúgio (Sl 55, 8-9; 1 Rs 19, 3-4; Ap 12, 6); preparação para uma missão (Mt 4, 1) e lugar privilegiado de contato com Deus (Os 2, 16). Do ponto de vista negativo, o deserto é lugar de provação, tal como foi a caminhada do povo de Israel no deserto do Sinai (Deut 8, 2-5).
Onde morava João Batista?
Os evangelistas dizem que João Batista morava no deserto. Afirmação genérica! Graças às descobertas do arqueólogo Shimon Gibson, realizadas em 2000 e 2002, sabemos, hoje, que o profeta João Batista morava na Gruta de Suba, que está localizada a oeste da aldeia de Ain Karim, onde morava a sua mãe, Isabel.
Em qual deserto Jesus foi tentado?
Logo após o seu batismo, no Rio Jordão, o Espírito Santo levou Jesus para o deserto, onde passou 40 dias em jejum e foi tentado por Satanás (Mc l,12). Qual foi este deserto? Uma tradição o localiza em Djebel - Qarantal, que fica a 4 km a noroeste de Jericó do tempo de Jesus. Este local chama-se, também, de Monte da Quarentena.
A inauguração da Igreja Católica
Segundo o Papa Bento XVI, existem três momentos fundadores da Igreja Católica: o primeiro foi na encarnação de Jesus no seio da Virgem Maria; o segundo foi a Morte e Ressurreição de Jesus; e o terceiro foi a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos reunidos no cenáculo, em Jerusalém. Este último momento foi a inauguração da Igreja Católica.
Por que doze Apóstolos?
Quando Jesus estava organizando a Igreja Católica, escolheu doze Apóstolos. Por que doze e não dez ou quinze? Ora bem, o número doze tem uma longa tradição na Bíblia. Nela há 189 referências ao número doze. Segundo o pesquisador Dan Duke, o número doze “simboliza a ordem divina, governo e perfeição governamental”.
A caminhada de um sábado
No zelo exagerado que os fariseus tinham para santificar o sábado, eles estabeleceram 39 proibições, tais como: carregar peso, cozinhar, bater palmas, desfazer um nó, saltar, acender o fogo etc. Era proibido, também, fazer longos passeios. Era permitido caminhar somente 1.250 metros. Este percurso era chamado “caminhada de um sábado”(At. 1,12).
Quem eram os pecadores?
No banquete que Mateus ofereceu a Jesus para se despedir dos seus colegas de trabalho (Mc 1, 15-17), estavam presentes os pecadores. Quem eram estes personagens? Segundo alguns biblistas, os pecadores eram pessoas que realizavam trabalhos que podiam ensejar desonestidade: pastores, curtidores de pele, tropeiros, coletores de impostos, assim como os que realizavam trabalhos equivalentes aos dos escravos.
O que nos ensinam as parábolas
Segundo o biblista Joachim Jeremias, as parábolas de Jesus nos transmitem as seguintes ideias: a presença da salvação, a misericórdia de Deus para com os pecadores, a confiança na providência divina, convite à conversão, viver como disccípulo de Cristo, o sofrimento como revelação da glória de Cristo e, no final, seremos todos julgados, os vivos e os mortos.
Como classificar as parábolas de Jesus?
Pelo seu conteúdo, podemos classificar as parábolas de Jesus em dois grandes grupos: as doutrinárias e as moralizantes. Como exemplo das doutrinárias, podemos citar a do semeador, a da semente, a da pérola preciosa e a do joio. Como moralizantes, temos a do fariseu e publicano, a do juiz injusto, a do bom samaritano, a do filho pródigo e a do pobre Lázaro e o rico Epulão.
O Doutor Evangélico
Ao conferir, em 1946, a Santo Antônio de Pádua (1195 -1231) o honroso título de Doutor Universal da Igreja, o Papa Pio XII chamou-o de “Doutor Evangélico”. Apesar de ser mais conhecido como “casamenteiro”, ele notabilizou-se como grande conhecedor da Bíblia. Por isso, o Papa Gregório IX chamou-o de “Arca do Testamento”, em 1227.
Os Padres do deserto e a Bíblia
Numerosos cristãos denominados com esta expressão - Padres do Deserto - se retiraram da sociedade e foram morar nos desertos do Egito, da Síria e da Palestina, entre os séculos III e IV. Para eles, “a Bíblia era a voz de sua oração”. Enquato eles trabalhavam, fazendo cordas ou cestos para vender no mercado, decoravam livros inteiros da Bíblia.
Salmos da Subida
Folheando a Bíblia, encontramos uma coleção de pequenos salmos, do 120 ao 134, que trazem, abaixo do título, esta expressão: “Salmo da Subida”. A tradição hebraica ensina que estes 15 salmos eram cantados pelos judeus piedosos quando iam a Jerusalém para as festas anuais. São chamados “da subida”, porque a antiga Jerusalém ficava a 700 ou 800 metros acima do nível do mar.
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