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5 de jan. de 2008

"LANCIANO, Itália, ano 700"

Lanciano é uma pequena cidade medieval, banhada pelo Mar
Antigamente a denominavam de “Anxanum”. A mudança de nome foi com a finalidade de perpetuar uma homenagem à Longino, que segundo a Tradição nasceu lá e foi o Centurião romano que cravou a sua lança no flanco direito de JESUS Crucificado, alcançando o Coração do Redentor, para ver se ELE ainda estava vivo, conforme descreve São João em seu Evangelho (Jo 19,34).
Na seqüência dos acontecimentos, a sua vida começou a se transformar, despertando o seu espírito e o conduzindo pelo caminho da conversão. DEUS perdou o seu abominável sacrilégio e ele, ao longo de sua existencia, procurou cultivar a sua amizade e seu amor ao SENHOR JESUS, o qual nasceu e cresceu de maneira bonita e corajosa. A Igreja reconhece a sua notável transformação espiritual que o santificou e o colocou entre os Santos do SENHOR. É conhecido como São Longino e sua imagem está no Vaticano, no Santo Sepulcro em Jerusalém e em diversos outros altares do mundo. Sua Festa é comemorada no dia 15 de Março.
Na época em que aconteceu o Milagre que vamos focalizar, a Igreja de Lanciano estava entregue a proteção dos Santos Legonciano e Domiciano, e era administrada pelos Monges Basilianos do Rito Grego Ortodoxo.
Um Monge da Ordem de São Basílio (Basiliano), sábio nas coisas do mundo, mas contudo, vacilava nas coisas da fé. Atravessava um terrível período de perturbação espiritual e de tal ordem, que o levava a duvidar da presença Real de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO na Hóstia e no Vinho Consagrados. Todavia, ele lutava contra aquela abominável tentação e rezava, suplicando ao CRIADOR que iluminasse o seu espírito e o livrasse daquela dúvida cruel e do medo que envolvia a sua consciência, que o fazia imaginar estar perdendo a sua vocação sacerdotal e sua fé. Mas ele era um homem fraco, não conseguia dominar a sua vontade, à medida que passavam os dias, aquele drama interior aumentava de intensidade e afetava a sua disposição, roubando-lhe até o prazer de viver.
Por outro lado, a situação do mundo naquela época não lhe favorecia em nada, para ajudá-lo a fortalecer sua fé. Havia muitas heresias disseminadas em todas as partes, as quais eram acolhidas por leigos e pessoas da Igreja. Diversos Bispos e alguns Sacerdotes aceitavam aquelas doutrinas sem uma maior e mais profunda reflexão. Então imperava uma terrível confusão de idéias, que deixavam dúvidas nas mentes dos fieis e religiosos, resultando um grande mal-estar e incompreensões no seio da Igreja.
Certa manhã, como habitualmente fazia, estava celebrando a Santa Missa, quando foi acometido por uma incontrolável onda de dúvidas. Envergonhado consigo mesmo, com um olhar de piedade, contemplou a Hóstia e o Vinho que estavam a sua frente e que ele começara a rezar a Consagração. De súbito, suas mãos tremeram e seu corpo foi envolvido por uma vigorosa e profunda emoção. Permaneceu imóvel, em silêncio, de costas para o povo (como as Missas eram celebradas antigamente). Depois de alguns minutos, voltando-se para os fieis que não sabiam o que acontecia e aguardavam com expectativa e ansiedade, falou:
“Ó testemunhas afortunadas, a quem o Santíssimo DEUS, para destruir a minha falta de fé, quis revelar-SE a SI Mesmo neste Bendito Sacramento e fazer-SE visível diante de nossos olhos. Venham irmãos, venham todos e maravilhem-se com o nosso DEUS tão próximo de nós. Venham contemplar a Carne e o Sangue de nosso Amado CRISTO”.
A Hóstia tinha se transformado em Carne e o Vinho convertido em Sangue do SENHOR.
As pessoas presenciando o Milagre ficaram emocionadas e surpresas, repletas de alegria pela infinita bondade Divina em lhes proporcionar tão extraordinária manifestação. Por isso, clamavam perdão e misericórdia para as suas vidas, declarando-se indignas de presenciarem tão grandioso e comovente Milagre.
Com o avançar das horas, quando retornaram às suas casas, divulgaram a auspiciosa notícia por onde passavam. Em pouco tempo, toda a cidade ficou sabendo da notável manifestação sobrenatural e afluíram à Igreja, centenas e milhares de pessoas, que superlotaram todas as dependências do templo cristão, porque todos estavam ávidos de verem o Corpo e o Sangue de JESUS.
O Milagre ocorreu no ano 700 de nossa era e causou um efeito admirável, porque atuou preponderantemente sobre a crença daquele Sacerdote Basiliano convertendo o seu coração e de muitas pessoas frias e indiferentes, que não acreditavam na Sagrada Eucaristia, na presença Real de JESUS, com o Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, na Hóstia e no Vinho Consagrados.
É importante destacar que desde a data do acontecimento, a Igreja acolheu o Milagre como “um verdadeiro Sinal do Céu” e venerou o Corpo e o Sangue do SENHOR nas procissões que anualmente são realizadas no dia da Festa, ultimo domingo do mês de Outubro.
Inicialmente o Milagre foi conservado num artístico relicário de marfim. Posteriormente foi colocado num magnífico Ostensório de ouro.
O Sangue do SENHOR no momento do Milagre, coagulou em cinco porções, como se fossem cinco pelotas. Elas guardam uma incrível propriedade: cada bola de sangue coagulado tem o mesmo peso que as outras quatro juntas.
O Sangue adquiriu uma cor marrom-sépia. A Carne ficou com uma cor grená-escuro. Entretanto, quando se coloca uma lâmpada por trás, ela adquire uma cor rosada.
A Igreja de Lanciano permaneceu sob a custódia dos Monges de São Basílio até 1176, quando assumiram os Padres Beneditinos e permaneceram até 1252. A seguir vieram os Franciscanos e tiveram que fazer muitas obras, porque a estrutura do templo estava comprometida.
Em 1258, os Franciscanos construíram uma nova Igreja, no local da antiga, e a colocaram sob a proteção de São Francisco.
Em 1515 o Papa Leão X implantou em Lanciano uma sede episcopal e em 1562, o Papa Pio IV emitiu uma Bula elevando a condição de sede Arcepiscopal.
Em 1887 o Arcebispo de Lanciano, Monsenhor Petrarca, obteve do Papa Leão XIII, indulgência plenária perpétua para quem visitasse o Milagre Eucarístico no período da Festa, último domingo de Outubro e nos seguintes oito dias da oitava, em cujo período transcorre as celebrações em honra do Sangue e do Corpo do SENHOR.
Em 1566, com a ameaça de invasão pelos turcos, Frei Giovanni Antônio de Mastro Renzo que era o pároco, e seus companheiros, construíram uma Capela especial e bem protegida, a Capela Valsecca, onde o Milagre de JESUS Eucarístico foi abrigado com segurança. Ali permaneceu até o ano 1902, quando construíram um magnífico Altar com dois Tabernáculos: no superior, colocaram o Ostensório Especial com o Milagre e no inferior, está o Sacrário com as Hóstias Consagradas nas Santas Missas, para serem consumidas pelos fieis. Pela parte de trás do Altar, tem uma pequena escada de acesso, por onde as pessoas podem subir e admirar bem de perto o Ostensório com o extraordinário Milagre.
A emoção da visita é sempre grande e proporciona manifestações espontâneas que atestam à admiração e a comoção das pessoas, diante do próprio DEUS.
Ao longo dos séculos, muitas pesquisas foram feitas com a Carne e o Sangue do Milagre Eucarístico. As investigações modernas foram concluídas em 1970 e atestaram:
1 – A Carne é verdadeira carne humana.
2 – A Carne é um pedaço do tecido muscular do coração (miocárdio).
3 – O Sangue também é humano.
4 – A Carne e o Sangue têm o mesmo tipo sanguíneo:“AB”.
5 – No Sangue encontram-se proteínas na mesma proporção que se encontra num sangue humano vivo.
6 – No Sangue também se encontram sais minerais em proporções idênticas as encontradas num ser humano normal: dosagem do cloro, fósforo, magnésio, potássio, sódio e do cálcio.
7 – A preservação da Carne e do Sangue durante 12 séculos, sem a ajuda de qualquer conservante ou ingrediente químico, é perfeita e admirável.

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