Acreditar que existem alienígenas e que o universo pode ter vida inteligente fora da Terra não contradiz a fé em Deus. É o que garante o pe. José Gabriel Funes, principal astrônomo do Vaticano.
A vastidão do universo - com suas bilhões de galáxias e trilhões de estrelas - significa que podem existir outras formas de vida fora da Terra, mesmo inteligentes, afirma o jesuíta que dirige o Observatório do Vaticano.
"Como podemos descartar a hipótese de que a vida tenha florescido em outro lugar?" questiona pe. Funes, em uma entrevista concedida ao jornal L'Osservatore Romano, cujo título ontem era: "O extraterrestre é meu irmão."
"Assim como existe uma multidão de criaturas na Terra, deve haver outros seres, até mesmo inteligentes, criados por Deus. Isso não contradiz a nossa fé, porque não podemos colocar limites à liberdade criadora de Deus.
O jesuíta argentino de 45 anos cita São Francisco ao dizer que possíveis habitantes de outros planetas devem ser considerados como nossos irmãos. “Para citar São Francisco, se consideramos as criaturas terrestres como 'irmão' e 'irmã', por que não poderemos falar também de um 'irmão extraterrestre'?”, pergunta o padre. "Ele também faria parte da criação." Tocando um tema freqüentemente abordado pelo papa Bento XVI, que tem explorado a relação entre a razão e a fé, o jesuíta explica que a ciência, especialmente a astronomia, não contradiz a religião, e como um aspecto chave do seu pontificado.
“A Bíblia não é um livro de ciência; e procurar fatos científicos no universo e a sua origem não colocam em dúvida o papel de Deus na criação, disse. Como exemplo, o padre disse acreditar que a teoria do 'big bang' é a explicação mais razoável para a criação do universo. A teoria afirma que o universo começou há bilhões de anos, a partir de apenas uma explosão que continha toda a matéria. “Eu continuo a acreditar que Deus é o criador do universo e que não somos produto do acaso”, declarou.
O Observatório Vaticano está presente em dois continentes. A sede se situa em Castel Gandolfo, a poucos quilômetros de Roma, cidade da residência de verão do pontífice. O centro de pesquisas propriamente dito está localizado no interior do Estado do Arizona, nos Estados Unidos.
Em sua página na internet, numa seção voltada aos visitantes leigos, a instituição esclarece que os telescópios não são utilizados com o objetivo de procurar 'algo divino lá em cima'. O observatório é católico, mas não tem fins religiosos. “Nem com um telescópio potentíssimo poderíamos ver Deus. Ele está além do universo, por trás de tudo que existe”, acrescenta pe. Funes.
Nos trabalhos científicos do observatório, respeitado internacionalmente, o Vaticano não faz algum tipo de interferência. A escolha dos diretores, na prática, não precisa do aval do papa. O observatório, fundado pelo papa Leão XIII em 1891, tem acordos de cooperação com a Nasa, a agência espacial dos EUA. Seus padres astrônomos publicam estudos em prestigiosas publicações científicas
A vastidão do universo - com suas bilhões de galáxias e trilhões de estrelas - significa que podem existir outras formas de vida fora da Terra, mesmo inteligentes, afirma o jesuíta que dirige o Observatório do Vaticano.
"Como podemos descartar a hipótese de que a vida tenha florescido em outro lugar?" questiona pe. Funes, em uma entrevista concedida ao jornal L'Osservatore Romano, cujo título ontem era: "O extraterrestre é meu irmão."
"Assim como existe uma multidão de criaturas na Terra, deve haver outros seres, até mesmo inteligentes, criados por Deus. Isso não contradiz a nossa fé, porque não podemos colocar limites à liberdade criadora de Deus.
O jesuíta argentino de 45 anos cita São Francisco ao dizer que possíveis habitantes de outros planetas devem ser considerados como nossos irmãos. “Para citar São Francisco, se consideramos as criaturas terrestres como 'irmão' e 'irmã', por que não poderemos falar também de um 'irmão extraterrestre'?”, pergunta o padre. "Ele também faria parte da criação." Tocando um tema freqüentemente abordado pelo papa Bento XVI, que tem explorado a relação entre a razão e a fé, o jesuíta explica que a ciência, especialmente a astronomia, não contradiz a religião, e como um aspecto chave do seu pontificado.
“A Bíblia não é um livro de ciência; e procurar fatos científicos no universo e a sua origem não colocam em dúvida o papel de Deus na criação, disse. Como exemplo, o padre disse acreditar que a teoria do 'big bang' é a explicação mais razoável para a criação do universo. A teoria afirma que o universo começou há bilhões de anos, a partir de apenas uma explosão que continha toda a matéria. “Eu continuo a acreditar que Deus é o criador do universo e que não somos produto do acaso”, declarou.
O Observatório Vaticano está presente em dois continentes. A sede se situa em Castel Gandolfo, a poucos quilômetros de Roma, cidade da residência de verão do pontífice. O centro de pesquisas propriamente dito está localizado no interior do Estado do Arizona, nos Estados Unidos.
Em sua página na internet, numa seção voltada aos visitantes leigos, a instituição esclarece que os telescópios não são utilizados com o objetivo de procurar 'algo divino lá em cima'. O observatório é católico, mas não tem fins religiosos. “Nem com um telescópio potentíssimo poderíamos ver Deus. Ele está além do universo, por trás de tudo que existe”, acrescenta pe. Funes.
Nos trabalhos científicos do observatório, respeitado internacionalmente, o Vaticano não faz algum tipo de interferência. A escolha dos diretores, na prática, não precisa do aval do papa. O observatório, fundado pelo papa Leão XIII em 1891, tem acordos de cooperação com a Nasa, a agência espacial dos EUA. Seus padres astrônomos publicam estudos em prestigiosas publicações científicas
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