Dia 20 de outubro de 2000, João Paulo II bateu o recorde de permanência de uma papa no século XX. Foram 19 anos, 6 meses e 28 dias no Vaticano, superando o papa Pio XII, que permaneceu como pontífice de 1939 a 1958. João Paulo II entrou no cargo em 16 de outubro de 1978, e foi o oitavo papa eleito do século XX. Mas o recorde de permanência de um papa no Vaticano é de Pio IX, eleito em 1846: foram 32 anos no poder.
O nome da reunião fechada em que os cardeais elegem o papa é conclave ("com chave"). Ela foi adotada em 1216.
Os 120 cardeais com direito ao voto dirigem-se às suas cadeiras na capela Sistina, dentro do Vaticano, e são simbolicamente trancados. Ali, o mestre-de-cerimônias distribui as cédulas. Na parte de cima, elas têm a seguinte inscrição: "Eligo in summum ponti-ficem" (Escolho para sumo pontífice). A parte de baixo traz o espaço em branco, onde os cardeais colocam o nome de seu preferido. Todos podem votar em todos.
Um por um, segurando a cédula de modo que possa ser vista pelos demais, dirigem-se até o altar, onde estão os apuradores e sobre o qual se situa o cálice coberto por um prato. Ajoelham-se, rezam por um curto tempo, erguem-se e pronunciam em voz alta um juramento idealizado pelo papa Paulo VI: "Chamo por testemunha a Cristo, que saberá que meu voto está sendo dado àquele que, diante de Deus, julgo que deve ser o eleito".
Cada um põe a cédula no prato e faz cair dentro do cálice. Quando as 120 cédulas foram depositadas, os apuradores agitam bem o cálice e começam a computar os votos. Esse processo se repete até que um cardeal consiga dois terços (oitenta) dos votos.
As cédulas e as listas de controle são colocadas no forno, nos fundos da capela, e a fumaça escapa pela chaminé. É sinal de que o papa ainda não foi escolhido. A fumaça branca anuncia o final da eleição.
A escolha do nome do papa é feita pelo próprio cardeal, por motivos pessoais, históricos e para marcar o sentido de seu pontificado.
A função do papa é vitalícia e nunca nenhum papa se aposentou na História da Igreja.
O papa é o soberano do Estado do Vaticano. Mas tem muitos outros títulos espirituais: bispo de Roma, vigário de Cristo, sucessor de São Pedro, sumo pontífice da Igreja Católica, patriarca do Ocidente, primaz da Itália e arcebispo da régio metropolitana de Roma.
Em 1271, o conclave que escolheu o papa Gregório X (Tebaldo Visconti) durou dois anos e nove meses.
Atualmente, um cardeal com mais de 75 anos não pode ser mais eleitor do papa.
Em 1978, na sucessão do papa Paulo VI, o cardeal italiano Albino Luciani deu seu voto ao brasileiro Aloísio Lorscheider. Luciani foi o eleito e se transformou no papa João Paulo I. Morreu 34 dias depois de sua posse.
Em abril de 2001, legistas exumaram o corpo do papa João XIII e descobriram que ele estava em excelentes condições de preservação. Mais tarde, foi revelado que o médico italiano Gennaro Goglia havia embalsamado o cadáver antes do sepultamento do religioso. O procedimento empreendido por Goglia consistiu na injeção de 5 litros de um coquetel de substâncias conservantes (álcool, sulfato de sódio, nitrato de potássio e outros componentes) no corpo. Após a exumação, o corpo recebeu nova preparação química, além da aplicação de uma camada de cera no rosto.
A soberania do Vaticano, o menor país do mundo (0,44km2), foi dada pelo tratado de Latrão, em 11 de fevereiro de 1929. As terras tinham sido doadas em 756 por Pepino O Breve, rei dos francos.
O palácio em que reside o papa tem 5 mil quartos, duzentas salas de espera, 22 pátios, cem gabinetes de leitura, trezentos banheiros e dezenas de outras dependências destinadas a recepções diplomáticas.
Guarda-suíça é o nome que recebe o grupo de soldados contratados para proteger o papa. Foi criado no século XV.
Fonte: Voxdei
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