Por meio de uma eleição especial chamada conclave. Os eleitores são todos os cardeais do mundo com menos de 80 anos, reunidos no Vaticano, em Roma. Teoricamente, o conclave não é um pleito como outro qualquer. "A escolha é decidida pela luz divina e não pelas plataformas políticas", afirma o teólogo Fernando Altemeyer Júnior, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. "Por isso, os cardeais não podem falar com ninguém e devem orar ao Espírito Santo antes de preencher os seus votos." Quando nenhum dos candidatos recebe dois terços dos votos, a votação se repete. Se, depois de trinta votações, os dois terços não forem alcançados, na trigésima primeira o vencedor só precisará obter a metade dos votos mais um.
Os cardeais podem ficar trancados por meses. A cada votação mal sucedida, uma fumaça cinza sinaliza aos fiéis, aglomerados na Praça São Pedro, em frente à residência oficial do papa, no Vaticano, que ainda não há sumo pontífice. Quando finalmente ele é escolhido, a fumaça é branca e o cardeal mais velho anuncia em latim "Habemus papa" (temos papa).
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