A palavra latina consistere significa “sentar juntos”. De fato, todos nós, membros do Colégio Cardinalício, nos reunimos para participar daquele grande acontecimento eclesial, no qual o Papa criou 23 novos Cardeais da Igreja Católica.
Os Cardeais são os assessores imediatos do Papa, seus conselheiros, algo assim como o seu Senado. Todos pertencem ao clero de Roma, sendo o Papa, em primeiro lugar, Bispo daquela Diocese e, depois, Chefe Supremo da Igreja Católica, representante visível de Cristo junto a nós. Bento XVI é o 266° nessa linhagem, inaugurada pelo próprio Apóstolo São Pedro.
Na época do nascimento de Cristo, Roma era o centro da civilização ocidental. Veio a tornar-se, depois, o coração do cristianismo, pois lá morreram martirizados São Pedro e São Paulo. Ainda hoje, é a sede da Igreja Católica, e ponto de convergência para a nossa fé.
Mas o berço da nossa fé foi Jerusalém. Na capital do mundo judaico nasceu a Igreja, semeada pela palavra e as obras de Jesus Cristo e consagrada no seu Mistério Pascal: Padecimento, Crucifixão, Ressurreição e a vinda do Espírito Santo. Em Jerusalém, surgiu a primeira comunidade cristã, fundada por Pedro, Tiago e João Evangelista e formada pelos judeus que creram em Nosso Senhor e o aceitaram como Salvador.
O impulso missionário, por mandato do próprio Cristo, empreendeu o anúncio da Boa Nova aos pagãos. Assim, a segunda grande sede do cristianismo veio a ser Antioquia. O nome dessa cidade ficou, definitivamente, associado à missão de São Paulo. Convertido, depois de uma intensa experiência mística, que o fez abandonar sua arraigada tradição judaica, o Apóstolo dos Gentios partiu de Antioquia para suas três viagens missionárias. Levou consigo, em ocasiões diversas, Barnabé, grande pregador e amigo, Marcos, o evangelista, Silas, outro amigo de Paulo, Lucas, médico e evangelista, Timóteo e Tito, discípulos de Paulo e futuros Bispos.
Na sua quarta viagem missionária, São Paulo chegou a Roma. Embora prisioneiro, anunciou o Evangelho naquela cidade e fez muitos discípulos. É possível que, de lá, tenha ido à Espanha. Afinal, voltando a Roma, morreu decapitado, segundo conta a tradição, sem ter sido julgado e condenado. Sua morte decorreu do ódio à Igreja de Cristo e ao seu Evangelho de “vida nova”.
Veja um filme explicando:
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