Esta Manifestação Sobrenatural também poderia ser chamada de Milagre Eucarístico de Lanciano II (número dois), porque embora denominado Milagre de Offida, na verdade aconteceu em Lanciano.
Giacomo e Ricciarella eram dois jovens recém casados que moravam na zona rural, bem próximo do subúrbio de Lanciano. Mas não viviam em harmonia e numa desejada comunhão amorosa. Ao contrário, revelavam incompatibilidade de gênios, principalmente pelo lado dele, que direcionava sua atenção exclusivamente ao trabalho. Não se conhece o motivo que o levou a proceder assim. Contudo, Ricciarella não concordava com aquela situação e se esforçava, reagindo contra uma série de pequenas ocorrências domésticas insignificantes, mas que ganhavam intensidade e cresciam estimuladas pelo mal-humor do marido, formando barreiras que interferiam de maneira preponderante no viver cotidiano do casal. Acrescente-se que Giacomo era por demais impulsivo e às vezes extremamente severo com a esposa, a ponto de se exaltar e partir para a agressão física.
Ricciarella resistia a tudo com muita bravura e paciência, procurando contornar todas as dificuldades. Ela só queria uma vida melhor para os dois.
Foi assim, que buscando conseguir um meio para converter o grosseiro gênio de seu marido, a fim de que o casal pudesse encontrar um pouco de felicidade e viver em paz, procurou os serviços de uma feiticeira.
A bruxa era famosa e segundo diziam, alcançava feitos admiráveis com a sua alquimia. Por isso mesmo, Ricciarella a procurou cheia de esperanças. A feiticeira lhe recomendou o seguinte:
“Receba a Sagrada Comunhão numa Igreja, mas guarde a Hóstia e leve-a para a sua casa. Coloque-a numa telha de barro em forma de canal para cozinhá-la ao fogo. Transforme-a em pó e vai colocando diariamente na sopa ou no vinho de seu marido. Depois de uma semana volte aqui para me contar o resultado. A transformação nele será visível e benéfica.”
A descrição feita pela feiticeira de como o seu esposo se sentiria sob os efeitos da bruxaria, deu a moça o impulso e a coragem que faltavam, deixando-a animada e até impaciente, com pressa em executar o trabalho.
Todavia, Ricciarella, do mesmo modo que seus pais e irmãos, foram criados na fé católica e por isso, ela sabia que o seu ato era um pecado mortal, um terrível sacrilégio. Então, não é difícil imaginar o quanto ela lutou contra a sua própria consciência, que lhe indicava o caminho do direito e da razão, antes de tomar a decisão de cometer o abominável ato. Mas ela repetia em sua mente para manter a coragem: “È necessário que eu faça isso para converter o meu marido...”
E assim decidida, entrou na Igreja. A Santa Missa já tinha começado. No momento da Comunhão foi receber JESUS acompanhando os fieis que estavam devidamente preparados e que se aproximavam da balaustrada de madeira que separava o Altar do povo. Assim que o sacerdote colocou a Sagrada Hóstia em sua língua, veio rapidamente para a entrada da Igreja e sem que ninguém percebesse, guardou o Santíssimo Sacramento.
Não esperou o fim da cerimônia. Imediatamente saiu e correu pelas ruas de Lanciano até a sua casa. Suas mãos tremiam vigorosamente. Assustada, mas repleta de emoção, pos em ação a segunda parte do plano da feiticeira. Acendeu o fogo e encima acomodou uma telha de barro em forma de canal, igual àquelas que usamos nas cumeeiras das casas. Dentro da telha colocou a Hóstia e tratou de cozinhá-la. Entretanto, logo que a Sagrada Espécie foi deixada naquele utensílio, começou a sair uma densa fumaça. Ao redor da Hóstia Sagrada se transformou em Carne do SENHOR e começou a Sangrar profusamente, enquanto o centro da Pequena Partícula continuava com o aspecto das Hóstias que os fieis recebem na Santa Missa. A mulher ficou aterrorizada... Não sabia o que fazer... O Sangue da Hóstia já cobria o fundo da telha! Ela rapidamente apagou o fogo e jogou cera encima para cobrir o Sangue, a Carne e a Hóstia. Encheu o resto da telha com terra e ficou pensando o que devia fazer. Todavia o Sangue do SENHOR passou por entre a terra e apareceu na parte superior! Ela ainda mais assustada, pegou uma toalha de fibra e envolveu a telha com tudo. Mas onde colocá-la? Com uma ferramenta foi até o estábulo, cavou um buraco num local protegido. Era o cantinho onde a mula de seu esposo gostava de deitar. Ali enterrou a telha com a Eucaristia.
À noite, quando seu marido voltou do trabalho e deixou a mula próximo ao estábulo, observou que o animal ficou agitado e não queria permanecer ali. A mula não quis entrar no estábulo, como era o costume. Giacomo cansado, ansioso para descansar, vendo aquele comportamento esquisito do animal, tratou de empurrá-lo de qualquer jeito, para dentro do estábulo, aplicando-lhe inclusive algumas chicotadas. Diante da violência, o animal caiu com os joelhos e o peito no chão e permaneceu assim, imóvel no seu local preferido, quase numa posição de adoração. Giacomo espantado percebeu que algo havia acontecido, porque observou, o chão tinha sido recentemente escavado. Entrou em casa e logo ofendeu Ricciarella pelo estranho comportamento do animal, dizendo que ela era a culpada, que tinha feito algum feitiço e enterrado no estábulo. E extravasando sua ira, castigou a esposa com diversos golpes de chicote, que ainda mantinha em suas mãos.
Para ela, a vida se transformou num verdadeiro inferno a partir daquele momento. Além de sentir uma grande angústia por estar com a consciência pesada em face de seu grande pecado, sentia que a falta de paciência e os maus tratos de seu marido aumentaram de maneira insuportável.
E assim se passaram sete anos de um tempo difícil e penoso, porque tinha que esconder o seu segredo, suas angústias e seus sofrimentos, carregando viva em seu coração a maldita lembrança de um erro que lhe torturava a alma e a estava deixando em ponto de enlouquecer. Com a mente pertubada e mal organizada acreditava que os maus tratos que recebia de Giacomo faziam parte do castigo que DEUS lhe enviava por causa de sua transgressão. E assim, perdeu todas as esperanças em querer convertê-lo. Por outro lado, guardava uma imensa tristeza pelo crime imperdoável que cometeu contra o SENHOR. Logo contra ELE que nunca lhe fizera nenhum mal! Ao contrário, JESUS já lhe havia socorrido em diversas situações difíceis na vida! Por isso, estava envergonhada com o seu procedimento, chorava e sentia uma profunda angústia, pois pensava em reparar o mal que cometeu, mas não tinha coragem. Queria aproximar-se de um sacerdote para confessar o seu pecado e livrar-se daquela monstruosa culpa, mas imaginava coisas terríveis, como por exemplo, uma violenta reação do padre excomungando-a pelo absurdo pecado. E assim, decorriam os dias e ela não sabia o que fazer.
Entretanto, quando não suportou mais viver com aquela pena imposta por ela mesma durante sete longos anos, Ricciarella entrou em contato com Padre Diotallevi, que pertencia a Ordem de Santo Agostinho e era o Pároco em Lanciano. Arrependida e com o rosto banhado em lágrimas, confessou o seu grave pecado... O sacerdote surpreso e pasmo, a ouviu em silêncio, deixando que ela esvaziasse o coração. Depois, sem que ninguém percebesse, a acompanhou até a casa dela. Entraram no estábulo e cavaram no local. Quando o Padre encontrou a toalha e descobriu o que estava dentro, viu admirado que a Carne que sangrou e a parte central da Hóstia permaneceram incorruptas e perfeitas através dos anos, e que portanto, eram verdadeiramente o Corpo e o Sangue do SENHOR JESUS. Então, respeitosamente pegou a toalha manchada de Sangue e a telha de barro que continha a Carne, o Sangue e o centro da Hóstia Consagrada e levou-os para o Convento Agostiniano em Offida, uma cidade próxima.
Para justificar o seu procedimento, Padre Diotallevi disse que agiu assim por dois motivos: primeiro pensou na segurança do Milagre, tinha medo que malfeitores aparecessem ou que algum fanático quisesse destruí-lo por alguma razão inconfessável; segundo, porque ele mesmo residia no Convento em Offida. Depois, na continuidade dos dias, levou o fato ao conhecimento do Padre Miguel Mallicani, que era o Superior Geral dos Agostinianos e que diante daquela notícia, ficou vivamente interessado no assunto e não permitiu que o Milagre fosse levado para outro local. Em obediência a ordem de seu superior hierárquico, concordou em que o Milagre ficasse definitivamente em Offida.
Padre Mallicani mandou preparar uma Capela especial no Santuário de Santo Agostinho, que passou a ser conhecido como o Santuário do Milagre Eucarístico. O Milagre foi colocado dentro de um rico e precioso Relicário em forma de Cruz, feito em Veneza e pode ser venerado pelos fieis somente no dia 3 de Outubro de cada ano, data em que é festejado o acontecimento. Contudo, a "Telha de Barro" e a "Toalha de Fibra com manchas de Sangue do SENHOR", encontram-se disponíveis a visitação pública na Capela especial.
Giacomo e Ricciarella eram dois jovens recém casados que moravam na zona rural, bem próximo do subúrbio de Lanciano. Mas não viviam em harmonia e numa desejada comunhão amorosa. Ao contrário, revelavam incompatibilidade de gênios, principalmente pelo lado dele, que direcionava sua atenção exclusivamente ao trabalho. Não se conhece o motivo que o levou a proceder assim. Contudo, Ricciarella não concordava com aquela situação e se esforçava, reagindo contra uma série de pequenas ocorrências domésticas insignificantes, mas que ganhavam intensidade e cresciam estimuladas pelo mal-humor do marido, formando barreiras que interferiam de maneira preponderante no viver cotidiano do casal. Acrescente-se que Giacomo era por demais impulsivo e às vezes extremamente severo com a esposa, a ponto de se exaltar e partir para a agressão física.
Ricciarella resistia a tudo com muita bravura e paciência, procurando contornar todas as dificuldades. Ela só queria uma vida melhor para os dois.
Foi assim, que buscando conseguir um meio para converter o grosseiro gênio de seu marido, a fim de que o casal pudesse encontrar um pouco de felicidade e viver em paz, procurou os serviços de uma feiticeira.
A bruxa era famosa e segundo diziam, alcançava feitos admiráveis com a sua alquimia. Por isso mesmo, Ricciarella a procurou cheia de esperanças. A feiticeira lhe recomendou o seguinte:
“Receba a Sagrada Comunhão numa Igreja, mas guarde a Hóstia e leve-a para a sua casa. Coloque-a numa telha de barro em forma de canal para cozinhá-la ao fogo. Transforme-a em pó e vai colocando diariamente na sopa ou no vinho de seu marido. Depois de uma semana volte aqui para me contar o resultado. A transformação nele será visível e benéfica.”
A descrição feita pela feiticeira de como o seu esposo se sentiria sob os efeitos da bruxaria, deu a moça o impulso e a coragem que faltavam, deixando-a animada e até impaciente, com pressa em executar o trabalho.
Todavia, Ricciarella, do mesmo modo que seus pais e irmãos, foram criados na fé católica e por isso, ela sabia que o seu ato era um pecado mortal, um terrível sacrilégio. Então, não é difícil imaginar o quanto ela lutou contra a sua própria consciência, que lhe indicava o caminho do direito e da razão, antes de tomar a decisão de cometer o abominável ato. Mas ela repetia em sua mente para manter a coragem: “È necessário que eu faça isso para converter o meu marido...”
E assim decidida, entrou na Igreja. A Santa Missa já tinha começado. No momento da Comunhão foi receber JESUS acompanhando os fieis que estavam devidamente preparados e que se aproximavam da balaustrada de madeira que separava o Altar do povo. Assim que o sacerdote colocou a Sagrada Hóstia em sua língua, veio rapidamente para a entrada da Igreja e sem que ninguém percebesse, guardou o Santíssimo Sacramento.
Não esperou o fim da cerimônia. Imediatamente saiu e correu pelas ruas de Lanciano até a sua casa. Suas mãos tremiam vigorosamente. Assustada, mas repleta de emoção, pos em ação a segunda parte do plano da feiticeira. Acendeu o fogo e encima acomodou uma telha de barro em forma de canal, igual àquelas que usamos nas cumeeiras das casas. Dentro da telha colocou a Hóstia e tratou de cozinhá-la. Entretanto, logo que a Sagrada Espécie foi deixada naquele utensílio, começou a sair uma densa fumaça. Ao redor da Hóstia Sagrada se transformou em Carne do SENHOR e começou a Sangrar profusamente, enquanto o centro da Pequena Partícula continuava com o aspecto das Hóstias que os fieis recebem na Santa Missa. A mulher ficou aterrorizada... Não sabia o que fazer... O Sangue da Hóstia já cobria o fundo da telha! Ela rapidamente apagou o fogo e jogou cera encima para cobrir o Sangue, a Carne e a Hóstia. Encheu o resto da telha com terra e ficou pensando o que devia fazer. Todavia o Sangue do SENHOR passou por entre a terra e apareceu na parte superior! Ela ainda mais assustada, pegou uma toalha de fibra e envolveu a telha com tudo. Mas onde colocá-la? Com uma ferramenta foi até o estábulo, cavou um buraco num local protegido. Era o cantinho onde a mula de seu esposo gostava de deitar. Ali enterrou a telha com a Eucaristia.
À noite, quando seu marido voltou do trabalho e deixou a mula próximo ao estábulo, observou que o animal ficou agitado e não queria permanecer ali. A mula não quis entrar no estábulo, como era o costume. Giacomo cansado, ansioso para descansar, vendo aquele comportamento esquisito do animal, tratou de empurrá-lo de qualquer jeito, para dentro do estábulo, aplicando-lhe inclusive algumas chicotadas. Diante da violência, o animal caiu com os joelhos e o peito no chão e permaneceu assim, imóvel no seu local preferido, quase numa posição de adoração. Giacomo espantado percebeu que algo havia acontecido, porque observou, o chão tinha sido recentemente escavado. Entrou em casa e logo ofendeu Ricciarella pelo estranho comportamento do animal, dizendo que ela era a culpada, que tinha feito algum feitiço e enterrado no estábulo. E extravasando sua ira, castigou a esposa com diversos golpes de chicote, que ainda mantinha em suas mãos.
Para ela, a vida se transformou num verdadeiro inferno a partir daquele momento. Além de sentir uma grande angústia por estar com a consciência pesada em face de seu grande pecado, sentia que a falta de paciência e os maus tratos de seu marido aumentaram de maneira insuportável.
E assim se passaram sete anos de um tempo difícil e penoso, porque tinha que esconder o seu segredo, suas angústias e seus sofrimentos, carregando viva em seu coração a maldita lembrança de um erro que lhe torturava a alma e a estava deixando em ponto de enlouquecer. Com a mente pertubada e mal organizada acreditava que os maus tratos que recebia de Giacomo faziam parte do castigo que DEUS lhe enviava por causa de sua transgressão. E assim, perdeu todas as esperanças em querer convertê-lo. Por outro lado, guardava uma imensa tristeza pelo crime imperdoável que cometeu contra o SENHOR. Logo contra ELE que nunca lhe fizera nenhum mal! Ao contrário, JESUS já lhe havia socorrido em diversas situações difíceis na vida! Por isso, estava envergonhada com o seu procedimento, chorava e sentia uma profunda angústia, pois pensava em reparar o mal que cometeu, mas não tinha coragem. Queria aproximar-se de um sacerdote para confessar o seu pecado e livrar-se daquela monstruosa culpa, mas imaginava coisas terríveis, como por exemplo, uma violenta reação do padre excomungando-a pelo absurdo pecado. E assim, decorriam os dias e ela não sabia o que fazer.
Entretanto, quando não suportou mais viver com aquela pena imposta por ela mesma durante sete longos anos, Ricciarella entrou em contato com Padre Diotallevi, que pertencia a Ordem de Santo Agostinho e era o Pároco em Lanciano. Arrependida e com o rosto banhado em lágrimas, confessou o seu grave pecado... O sacerdote surpreso e pasmo, a ouviu em silêncio, deixando que ela esvaziasse o coração. Depois, sem que ninguém percebesse, a acompanhou até a casa dela. Entraram no estábulo e cavaram no local. Quando o Padre encontrou a toalha e descobriu o que estava dentro, viu admirado que a Carne que sangrou e a parte central da Hóstia permaneceram incorruptas e perfeitas através dos anos, e que portanto, eram verdadeiramente o Corpo e o Sangue do SENHOR JESUS. Então, respeitosamente pegou a toalha manchada de Sangue e a telha de barro que continha a Carne, o Sangue e o centro da Hóstia Consagrada e levou-os para o Convento Agostiniano em Offida, uma cidade próxima.
Para justificar o seu procedimento, Padre Diotallevi disse que agiu assim por dois motivos: primeiro pensou na segurança do Milagre, tinha medo que malfeitores aparecessem ou que algum fanático quisesse destruí-lo por alguma razão inconfessável; segundo, porque ele mesmo residia no Convento em Offida. Depois, na continuidade dos dias, levou o fato ao conhecimento do Padre Miguel Mallicani, que era o Superior Geral dos Agostinianos e que diante daquela notícia, ficou vivamente interessado no assunto e não permitiu que o Milagre fosse levado para outro local. Em obediência a ordem de seu superior hierárquico, concordou em que o Milagre ficasse definitivamente em Offida.
Padre Mallicani mandou preparar uma Capela especial no Santuário de Santo Agostinho, que passou a ser conhecido como o Santuário do Milagre Eucarístico. O Milagre foi colocado dentro de um rico e precioso Relicário em forma de Cruz, feito em Veneza e pode ser venerado pelos fieis somente no dia 3 de Outubro de cada ano, data em que é festejado o acontecimento. Contudo, a "Telha de Barro" e a "Toalha de Fibra com manchas de Sangue do SENHOR", encontram-se disponíveis a visitação pública na Capela especial.
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